Queda do Bitcoin: Suporte de US$ 85 Mil em Risco
A queda do Bitcoin continua a preocupar investidores e analistas, com previsões apontando para um possível recuo até US$ 81.000 caso o suporte de US$ 85.000 seja rompido. O mercado enfrenta um cenário desafiador, impulsionado por fluxos negativos nos fundos negociados em bolsa (ETFs), preocupações econômicas globais e incertezas regulatórias.
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Bitcoin Cai para a Menor Cotação em Três Meses
O preço do Bitcoin (BTC) caiu significativamente nos últimos dias, chegando a US$ 87.629 em 25 de fevereiro, o menor valor registrado nos últimos três meses. Essa queda representa a primeira vez que o BTC rompeu abaixo da marca psicológica de US$ 90.000 desde janeiro.
De acordo com Ryan Lee, analista-chefe da Bitget Research, o enfraquecimento do apetite por risco entre os investidores de cripto é um dos principais fatores por trás da atual liquidação. Sem um catalisador positivo no curto prazo, a tendência de baixa pode se estender, levando o Bitcoin a testar patamares mais baixos.
“O preço do Bitcoin está dentro de uma faixa de consolidação. A queda abaixo de US$ 89.000 fortaleceu a pressão vendedora, podendo testar suportes em US$ 86.000 e US$ 81.000, caso o movimento de baixa continue”, explica Lee.
MicroStrategy Investe US$ 2 Bilhões, Mas Mercado Não Reage
A recente correção ocorreu mesmo após um investimento bilionário da MicroStrategy, empresa liderada por Michael Saylor, que adquiriu mais US$ 2 bilhões em BTC. A compra aconteceu pouco depois da captação de recursos via notas conversíveis, em 24 de fevereiro.
No entanto, a falta de reação positiva no preço indica que o mercado pode precisar de um impulso muito mais expressivo para recuperar terreno. Esse comportamento reforça o sentimento de cautela entre os investidores.
Liquidações em Massa: O Que Acontece se o Bitcoin Romper US$ 85.000?
O nível de US$ 85.000 se tornou um ponto crítico para o mercado. Caso o Bitcoin perca esse suporte, pode desencadear uma liquidação massiva de mais de US$ 1 bilhão em posições long alavancadas, segundo dados da CoinGlass.

Hong Yea, CEO da GRVT, ressalta que fatores externos também pesam na movimentação do Bitcoin.
“Além da pressão técnica, preocupações geopolíticas, incertezas econômicas e políticas monetárias imprevisíveis podem levar o BTC para baixo de US$ 85.000 no curto prazo”, afirma Yea.
Outro fator que adicionou incerteza ao mercado foi o recente hack de US$ 1,4 bilhão na Bybit, um dos maiores ataques da história das criptomoedas. Embora o impacto de longo prazo ainda seja incerto, a notícia gerou um efeito negativo temporário na confiança dos investidores.

ETFs de Bitcoin Sofrem Saídas Massivas, Impactando o Preço
Além dos fatores técnicos e geopolíticos, os ETFs de Bitcoin spot nos EUA enfrentam um fluxo contínuo de saídas de capital. Apenas no dia 24 de fevereiro, esses fundos registraram US$ 516 milhões em resgates líquidos, marcando seis dias consecutivos de retiradas.
Desde o início dessa sequência de liquidações em 18 de fevereiro, o preço do Bitcoin acumula uma desvalorização de mais de 7%. A tendência indica que os investidores institucionais podem estar realizando lucros ou realocando capital para ativos mais seguros diante da volatilidade do mercado.
O Que Esperar Para os Próximos Dias?
A direção do Bitcoin dependerá de vários fatores, incluindo a capacidade do mercado de manter o suporte de US$ 85.000, a reação dos ETFs, e os próximos passos da política monetária global.
Se o BTC perder esse patamar, a expectativa é de uma correção ainda mais profunda, possivelmente testando US$ 81.000. Por outro lado, um retorno acima de US$ 90.000 poderia restaurar o otimismo e atrair novos compradores.
O momento é de atenção para os investidores, que devem acompanhar de perto os sinais do mercado e ajustar suas estratégias de acordo com a volatilidade do ativo.